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Susego, qual é?
Tô no auje da forma, em briga de cachorro grande!
Garotas na boa!
Deixar o mundo ser salvo pelos homens?
Claro que não!
Claro que não!
Você está ouvindo o Tribo do CI Podcast!
Tribo do CI Podcast, episódio 10.
Bate o papo, menina, segunda parte.
Aqui é Sebastião Relson e eu quero música do Hulk já no começo.
Aqui é a Marcia!
E por que você quer música do Hulk no começo?
Em episódio passado, a gente...
Era um episódio já de...
A gente falava de equidade de gênero, tal.
E a gente tava um papo muito denso.
Tava muito denso.
Como assim? Como assim?
Papo muito sério.
Daí, a gente fez uma introdução tanto quanto...
João Cosas.
Eu não entendi.
Como assim? Pode explicar um pouco melhor?
Então, aí, tipo, foi engraçadinho, né?
Ah, é verdade.
Gente, o pessoal aqui radicalizou.
Como assim?
Sistema de informação por uma menina?
Então, tudo bem.
Eu fiz sistema de informação.
Mas tinha um monte de homem lá.
E eu acho assim, vocês foram um pouco preconceitosos.
Fala a verdade.
A gente falou que era brincadeira, mas...
A gente teve gente...
Teve uma galera que ficou irada aí.
Quer dizer, é uma galera nova.
Uma pessoa que falou, né?
Mas pode ter mais gente que ficou assim.
Então, a gente fica muito triste.
Não, mas no final eu achei cômico.
É, teve uma galera que riu pra caramba, mas...
Nem todo mundo.
Eu, por exemplo, adoro piadinha.
Então, assim, eu achei legal.
Voltamos pro podcast.
Nesse podcast, vamos continuar o bate-papo
que aconteceu na R3TI.
Goiânia, no dia 12 de fevereiro de 2011,
com a Aira Sandyer e o grupo MNT.
Era um evento simultâneo,
o Arduino Hack Day.
E lá nesse bate-papo, tava a Aira Sandyer,
da Global Curde.
Ela é evangelista de Chava.
Tava grupo MNT.
Eu!
A Marcia.
A Mariane.
Da porta 22.
Cleviane, que ficou griladaça aqui.
Beijo, Cleviane.
Querida.
Ficou griladaça com a nossa introdução.
Teve a Flávia Soares,
que ela só se apresentou,
mas ela não falou...
A Flávia gosta de fazer, não de falar.
Ah, bom, tá certo.
Mas assim, a Flávia tem um lugar cativo
no Tributo 6, sabia?
Por quê?
Ela foi a primeira pessoa
que comentou a respeito do podcast.
Comentou o post do primeiro episódio.
Ah, que gracinha, Flávia.
Que legal.
Eu fui qual?
Acho que foi a partir de segundo episódio.
Voltando aqui das pessoas que estavam lá,
teve a Ingrid, o Lucas Fragomen,
que a esposa dele trabalha
com equidade de gênero na Caixa Econômica.
E o Lucas Emmanuel.
Qual ele?
Você esquecia alguém?
Foi um Rafael que ajudou a gente
na organização desse bate-papo.
Ele sugeriu a ideia.
Rafael, obrigado, tá?
Depois da 3TI.
Que também é uma nova parceira do grupo Anil.
Então a gente no episódio passado
a gente tinha prometido a segunda parte
para o mesmo mês.
A gente não conseguiu.
Vamos continuar o combate-papo, então.
Tá mega-vindos.
Tem uma coisa que eu acho que é importante,
que eu vejo muitas vezes
uma capacidade organizacional feminina.
De falar, olha, vamos organizar,
vamos planejar e ter, de alguma maneira,
isso daí.
E acaba refletindo em várias situações.
Eu conheço várias pessoas que falam
que há 5 anos eu vou casar,
depois de 2 eu vou ter filho.
Depois, engraçado essa capacidade,
eu conversei com a Ingrid.
Ela falou para mim, não.
Quando eu entrei na faculdade,
eu sabia que iria prestar concurso, etc.
E ter uma meta, um planejamento,
acho que a metade do fator é o sucesso.
Se você sabe onde você quer chegar,
é uma boa forma de você começar o caminho.
Se você não tem a menor ideia
onde você quer chegar,
é uma maneira mais difícil de você encontrar um caminho.
Então, eu acho hoje que para a mulher,
tem uma coisa que é importante,
que é falar, olha, de alguma maneira,
eu sinto que tem alguma dificuldade
no mercado de trabalho,
eu estou tendo um empecilho,
e olhar isso bem racionalmente.
E olhar e falar o que eu preciso
para entrar na área, por exemplo, de programação.
Eu quero trabalhar com java.
Eu quero trabalhar com java,
então preciso saber java,
preciso de um tempo de planejamento na minha vida particular,
para aprender java,
para tirar uma certificação java e enfim,
coisas desse tipo.
Mas só isso ainda não é um fator suficiente
para a gente ter sucesso.
A segunda parte de sucesso
é a habilidade de comunicação,
de como a gente consegue se comunicar
e como a gente consegue valorizar o nosso próprio trabalho.
Hoje, na hora que ela foi me falar,
ela falou, ah, aloyane, né?
Aloyane é um outro exemplo de umas poucas mulheres
que conseguem fazer uma auto promoção saudável.
Isso é muito raro.
Quando eu decidi mostrar aquele vídeo para vocês,
uma das coisas que mais me chocou nesse vídeo é isso.
É a baixa capacidade de auto promoção que a mulher tem.
A mulher, ela consegue subir no salto,
colocar uma maquiagem, chegar em um lugar
e falar, eu sou fantástica.
Mas ela não consegue normalmente
fazer a mesma coisa profissionalmente.
Existe aí uma dificuldade na mulher, sabe?
Falar, ir lá para o Twitter
ou para a rede social
e fazer uma auto promoção do seu conhecimento.
Quantas mulheres têm blog, por exemplo?
Quantos homens têm blog?
O que é um blog?
A não ser uma auto divulgação.
É claro que essa auto divulgação,
ela sempre tem uma propagação de conhecimento
e outras coisas boas.
Mas é uma maneira de fazer a auto promoção,
de mostrar para o mundo o que você sabe.
Então, acho que hoje uma das coisas
que no universo feminino,
como o estímulo que pode ser dado em casa
e tudo isso,
é o entendimento
desse fator comunicação.
Conseguir se comunicar hierarquicamente,
conseguir pedir um aumento,
conseguir demonstrar uma insatisfação.
Eu vejo hoje um dos fatores positivos
de se contratar uma mulher,
é que pegue uma mulher
e coloca ela para trabalhar com struts.
Ela não vai falar,
não quero trabalhar com essa porcaria.
Você pega um homem,
põe ele para trabalhar com struts,
ele fala, não quero trabalhar com essa porcaria.
Ele tem uma voz ativa
de falar o que ele quer, o que ele não quer.
E a mulher, muitas vezes,
conta como um ponto favorável
para a contratação.
Você põe ela para trabalhar com um negócio lá,
é difícil a mulher reclamar.
Normalmente, ela fica naquele cantinho ali,
ela não vai pedir aumento.
Então, acho que a capacidade de se comunicar,
tanto para o marketing pessoal,
quanto para comunicar os seus desejos
ou o que ela está se afastando ou não na sua meta,
é um fator importante de sucesso
que a gente pode contribuir
no Mulheres na TI,
propagando isso, valorizando as mulheres,
conversando com nossas amigas,
encontrando formas de fazer isso.
Ela ganha maquiagem.
É engraçado isso,
porque na hora que chega na minha casa,
a Maria é mais velha e o Rafael é mais novo.
A hora que chega a maquiagem,
chegou um brinquedinho de maquiagem,
você fala, o que é?
Vamos abstrair a maquiagem.
A maquiagem, ela é um conjunto de tintas
que estão ali,
que melhor do que pintar o papel,
você pode pintar você mesmo.
Olha a coisa maravilhosa,
é uma tinta que você passa em você mesmo.
E aí, aquilo chega e a Maria pinta aí,
brinca com essa tinta,
está em fio, dedo, estraga,
faça o que você quer com essa tinta.
E ao mesmo tempo, para o Rafael,
você fala, desculpa,
essa tinta aqui você não pode brincar, não.
Pega aquelas outras tintas chatas
que você só pinta no papel.
Essa tinta aqui que pode pintar em você,
não.
Então, é muito engraçado que essa cultura
vai para os dois lados,
tem dos dois filhos,
eu até vejo o Rafael mais prejudicado,
porque eu falo, por que ele não pode brincar de boneca?
Por que ele não vai colocar o filho dele
para dormir, quando o filho dele crescer?
Por que ele não vai aprender
que vai cozinhar?
Então, nesse caso, é engraçado que
para poder ter esse estímulo,
você precisa ter um marido
que vai contribuir nesse estímulo.
Eu jamais poderia fazer o que eu faço
se o Vinícius não cuidasse das crianças,
eu não cuidasse do jantar,
eu não fizesse do mercado.
Eu consigo fazer as coisas que eu faço
no Twitter, no blog, na Global Code,
porque também eu não estou com a carga toda
em cima de mim.
Tem uma pessoa que está não só fazendo,
mas mostrando uma nova realidade
para as crianças que estão em desenvolvimento,
aquilo ali está mostrando para o Rafael.
Olha, o homem também cozinha
e está mostrando para a Maria.
Olha que legal!
O marido também não é uma coisa
que eu também estou fazendo.
Engaçado você me trouxe a mente agora
do outro lado da moeda também,
de qual existimos que você não quer dar
para o seu filho, homem.
Isso é uma coisa assim,
para o homem talvez seja mais difícil
lidar com isso.
A imagem de eu dando um carrinho
para a minha filha brincar
é um milhão de vezes menos séria
do que dar maquiagem para o meu filho brincar.
Mas você vê hoje
talvez essa mesma discussão
que a gente está tendo aqui agora,
talvez homens, cabeleireiros,
seja um tendo alto também,
e essa questão do preconceito também
na área da moda.
Eu, assim, na academia
que a minha esposa faz,
onde ela está começando com cara,
eu falo, quem é esse cara?
Da lá é meu cabeleireiro.
Eu já era meio torto assim,
eu falei assim, ah não,
pode conversar à vontade com ele.
Mas nada a ver,
o cara é macho pra caramba,
já vi na rua com mulher.
A gente falou assim,
é de fato um preconceito.
Entrei em muita questão
que talvez a gente
não tem mais que lidar
com os estímulos,
agora em diante,
mas a gente já tem que lidar
com os preconceitos,
os nossos,
os anteriores.
Ainda vão persistir
durante 50 anos.
Certamente, né?
Se os dias eu falei que meu sonho
que eu queria,
que eu tenho um anel de noivado,
acho que faz mais sentido
botar no dedo o anelar.
Quero botar no dedão.
Meu sogro é pra pensar
que coisa de viada é essa.
Tem de dar o botão o anel no dedão,
bicho.
Mas tipo assim,
são preconceitos,
esses preconceitos existem
na nossa sociedade
em várias áreas,
e ele existe sim
com um preconceito
contra-gênero também.
A gente não vê isso
porque ele é velado,
que ele é um preconceito
que é politicamente incorreto,
que nem preconceito racial também.
Ele existe,
você não vê mulheres,
mas também não vê negros
em cargos de poder.
Então,
que são sérias
que não mudaram.
Já mudaram.
Mas é muito interessante,
ela falou da avó
e da avó,
e a minha bisavó,
ela teve uma iluminação
naquele momento,
acho que ela era de 1908, 1910,
e ela teve três filhas mulheres,
e quando as filhas nasceram,
ela decidiu que as três filhas
tinham que ir para a universidade,
imagina que loucura,
as filhas indo para a universidade.
E ela fez o que fez,
eles não tinham muito dinheiro,
todas aprenderam a costurar,
a bordar,
e todas aquelas coisas,
mas ela falou,
vai para as três para a universidade.
E aí elas acabaram entrando,
as três no custo de física e química.
Não são três emãs,
as três são firmadas em física,
as três seguiram carreira acadêmica,
as três casaram com físicos,
e a minha avó trabalha até hoje,
ela é diretora do Instituto,
fundou a Universidade Federal de São Carlos,
e um monte de outras coisas.
Então, eu acho que é muito engraçado,
tudo de volta,
a gente volta para coisa de mais do que a sociedade,
o que a sociedade permite,
o que a sociedade não permite,
tem o que a gente pode fazer na nossa vida
e na vida das pessoas
que estão diretamente envolvidas com a gente.
Então, eventualmente,
a gente não consegue mudar o Brasil,
mas a gente consegue mudar a nossa família,
a gente consegue mudar a caixa econômica,
a gente consegue mudar a R3,
a gente consegue mudar o escopo menor.
Eu acho que é fundamental que a gente acredite
naquela mudança de escopo,
mesmo que seja mudar a maneira
como seu filho e sua filha vão pensar
e propagar isso daí de outras maneiras.
Então, você vê hoje,
ela falou lá, olha, dos 190 países
tinham 9 mulheres na presidência.
Não sei se aquele vídeo deve ter sido no antes do Brasil,
capaz que hoje nós já tenhamos 10 mulheres na presidência.
Não quero falar bem de PT, mal de PT, etc.,
mas pensando exclusivamente no papel da mulher,
nós chegamos no momento hoje no Brasil
que a gente tem a primeira presidente mulher
e que é um negócio muito legal.
Então, acho que a mudança
ela está acontecendo mesmo
e cada um desses exemplos
eles são capazes de propagar mais um layer aí.
A gente consegue expandir,
não gosto muito da coisa de levantar uma bandeira também,
ser aquela minoria e falar,
então tá bom,
então agora só vou contratar mulheres.
Não intencionalmente,
mas hoje, por exemplo,
a pessoa que é responsável
com todos os sistemas da Global Code
é uma mulher.
A Ana Brantes, que cuida de tudo aquilo,
quando eu cheguei no JustJab,
eu falei, olha, quantas pessoas
acham que tem por trás
o sistema da Global Code?
As pessoas começaram a falar,
um falou 15,
o outro falou 50,
eu falei, olha, são duas,
a Elaine e a Ana Brantes.
Hoje, tem muito mais instrutores homologados,
mas no meio de 12 instrutores ativos,
tem duas mulheres.
Eu não sou mais uma instrutorativa,
mas tem outras duas mulheres
que estão fazendo,
que estão em sala de aula e tudo isso.
Então, assim, apesar de ver essa minoria,
acreditar nesses números,
eu acredito que tá muito mais dentro da gente
do que exclusivamente,
acho que às vezes a gente deixa
de procurar as oportunidades,
deixa de ter coragem
para lutar por essas coisas,
mas por uma coisa que tá em nós,
ou pertinho da onde a gente vive,
do que numa impossibilidade real mesmo.
Acho que não existe impossibilidade.
Qualquer mulher que quiser
vai ser bem sucedida na área de TI.
Não posso falar nas outras áreas,
porque as outras áreas
podem estar mais saturadas,
tem uma competitividade diferente,
mas em TI, a mulher exerce da bem,
colocar a mesma energia
que os homens que estão se dando bem,
elas vão conseguir.
Agora, tem uma frase que eu gosto muito,
que é, o sucesso se faz à noite,
porque durante o dia,
você tá trabalhando 8 horas
e as outras pessoas do mundo todo
estão trabalhando 8 horas.
Então, essas 8 horas do seu trabalho,
elas não são diferenciais nenhum.
Eu tô trabalhando,
Lucas tá trabalhando,
todo mundo tá trabalhando.
Essas 8 horas não vão fazer a diferença.
A diferença são nas outras 4 horas
que as pessoas estão fazendo outras coisas
e você tá investindo em você,
investindo no seu potencial,
investindo no seu conhecimento.
A mulher que se dedicar
outras 4, 2,
não sei quantas horas exatamente,
essa mulher vai se dar tão bem
quanto as outras pessoas
que estão se dando bem.
Os homens que estão se dando bem,
eles também, né,
é claro que tem um QI e outro QI,
que tudo bem, a gente descarta
essas pessoas aí de QI,
mas as pessoas que estão se dando bem,
em geral, por sua própria competência,
elas têm uma dedicação fora da curva.
E é isso, tá?
É fora da curva,
que leva pra um outro,
que passa lá.
Não sei se alguém aqui
viu o Jornal da Globo,
que passou acho 3, 4 dias atrás,
sob mercado de trabalho.
Passa uma série, né,
tava falando as áreas
que mais tem demanda hoje no Brasil
e que mais vão ter demanda.
A área que mais tem demanda no Brasil
é TI, desenvolvimento software.
Tem 570 mil vagas necessárias,
só tem 500 mil pessoas pra ocupar.
E isso vai aumentar.
A segunda área,
são todas as engenharias também.
Então tá, e a chance
pra mulherada correr atrás
e ocupar essas vagas também.
E eu acho assim,
que hoje o mercado de tem,
tem uma tendência tão forte
ao crescimento,
porque há uns 15 anos atrás,
20 anos atrás,
ninguém sabia o que era direito,
tecnologia em si.
Era uma coisa assim,
totalmente abstrata.
E hoje, as crianças e a gente
temos um contato tão grande
com tudo isso,
que vai despertar uma curiosidade,
um interesse em saber
como é que funciona.
Então, eu acho que na minha
humilde opinião,
o curso de TI,
e exatas em geral,
tende até um crescimento assim,
gigantesco,
ainda mais com as próximas gerações
que já estão crescendo
com um notebook,
com o iPhone,
com alguma outra coisa assim,
tudo digital,
tudo tecnológico,
e até as outras áreas
tão aderindo a tecnologia,
uma das áreas mais conservadoras
que eu acho que é a minha,
que é o direito,
já não se vive mais
sem a tecnologia.
Tanto é que
uma coisa que aconteceu
aqui em Goiás,
eu acho que está acontecendo
o Brasil inteiro,
que estão digitalizando
todos os processos,
até por uma questão de sustentabilidade,
é, espaço,
e os desembargadores,
que são os juízes mais antigos,
que estão no tribunal,
estão tendo que pegar a aula particular
de informática,
porque eles não sabem lidar
com o computador,
não sabem abrir o ordem assim.
Então, o mercado tem que se preparar,
todo mundo tem que se especializar,
porque não tem jeito.
Hoje em dia,
não tem mais jeito de viver
sem tecnologia,
que saa daqui 20 anos
que nossos filhos vão estar
entrando nas outras áreas.
O que é que é T?
O que é que é informática?
T é uma área
que você não estuda só informática,
você estuda só a área dos outros,
porque você achar soluções,
você não estuda formática,
e vai falar,
vou resolver um problema de direito,
como é que eu vou resolver isso aqui?
Não, eu tenho que estudar direito,
eu vou poder saber o que
que eu tenho que resolver.
Ou seja, é uma área
que abrange todas as outras áreas,
e por ela está crescendo bastante,
ela é interessante
para as mulheres
ficar atenta mesmo,
porque está faltando gente mesmo,
não tem para onde correr.
O pessoal está vendo isso aí,
porque é uma área que dá retorno,
o retorno financeiro de TI
é comprovado,
porque é médio,
não é prazer,
não é, botei o dinheiro hoje,
amanhã já estou com dinheiro aqui,
de volta devolvido,
estou com dinheiro tendo lucrado
ainda aqui uns 3 anos, por exemplo.
É o que?
É o parado de gastar papel,
é o parado de gastar
com comunicação,
com telefonica,
com a parte de redes,
por exemplo,
não é médio mesmo,
quando eu trabalhava lá.
Comunicação deles toda,
é feito uma nuvem gigantesca
de redes,
onde ficam utilizados com outras.
Foi isso o que?
Foi isso para o pessoal de informática,
não tem que ficar deslocando
de um ponto para o outro
para arrumar computador,
arruma direto para um outro INC, por exemplo.
Acessa a máquina, arruma, resolve o problema,
acabou.
Ou seja,
essa evolução tecnológica
está passando também
até mesmo uma geração
de novos empregos,
novos nomes.
Antigamente era de TI,
era o cara que desenvolvia,
o cara que arrumava,
só.
Hoje já tem um cara que analisa,
o cara que testa,
o cara anantes,
por expressão.
A pessoa.
Legal.
Sabe o exil, mano.
É.
Porque era um cara,
era uma pessoa.
Por que isso?
Se você não já se falou,
nem a gente já...
É.
Então, o problema é,
a pessoa que testa,
a pessoa que faz tudo,
não é somente a manupensão
e o programa.
Em todo...
Foi todo isso visto,
uma questão por trás.
A gente até gastamos de tempo,
nem uma área exata mais.
É uma área humana,
a onde a pessoa
não faz tudo que é exato,
para tudo que é humana,
para a gestão de TI,
a audiência é revestida.
Acho que a Iara comentou
sobre a questão da burguesia,
não está mais escolhendo
a área das exatas, né?
Eu acho que hoje,
talvez uma...
Não.
Não.
Eu não acho que seja esse problema, não.
Talvez uma coisa
que explique um pouco isso,
que é uma coisa que o Brasil
tem um...
Eu considero um grande problema
do país,
é não valorizar o técnico,
a parte operacional das coisas.
E TI hoje é operacional.
Mesmo um engenheiro,
por mais que eles tenham títulos,
seja o engenheiro,
ele faz coisas também
que envolvem...
É uma atividade técnica, né?
Então, assim,
eu acho que um exemplo sou eu.
Eu sou formado em turismo.
Eu sou analista de sistemas.
E eu sou bem sucedido na minha área.
Então, assim,
eu fiz um curso como
uma academia do programador,
academia Java lá da Global Code,
uma curso de 350 horas de Java,
aprendi a programar ali.
Claro que eu já tinha um certo
background em TI,
já tinha muita noção,
mas eu aprendi na mar,
aprendi em três meses,
no final do ano,
eu estava ganhando mil reais,
depois de dois anos,
eu estava ganhando 2 mil reais
e a coisa foi melhorando.
Então, assim,
é uma área que você não precisa
fazer um curso superior para entrar.
Você pode fazer profissionalizantes.
Assim, é uma área técnica.
Isso é um problema no Brasil.
Só valoriza a bacharel.
A gente só valoriza o curso superior.
Inclusive,
eu lembro quando eu era criança,
quando a gente tinha 10 anos de idade,
talvez,
falava assim,
você precisa ter esse mundo grau
para ser alguém na vida.
Quando eu tinha 18,
você precisa ter um curso superior
para ser alguém na vida.
Então, já escalou isso.
No Brasil,
isso é uma verdade,
mas se você for ver países de
primeiro mundo,
como os Estados Unidos
ou países da Europa,
isso não é uma condição
de sine qua non
para você ser um bom profissional.
Lá, eles valorizam muito
o curso técnico.
Então,
tinha um cara que era Marceneiro,
que era meu amigo,
ganhava a mesma coisa que eu.
Vou comparar assim,
tem outro que é eletricista.
Ele estava,
é,
neozelandês,
estava aqui no Brasil.
Você acha que tem trabalho
para mim aqui?
Eu falei,
claro,
acho que tem,
mas você vai ganhar.
Na melhor das hipóteses,
você foi um excelente eletricista
R$ 2.000 por mês,
que assim,
é uma vida de classe média,
já fica apertado,
no Brasil.
Então,
acho que a gente tem que valorizar
o curso técnico e o pessoal
não deve deixar de atrás da TI,
porque tem que pensar
em um curso de 4 anos.
É um curso de 2 anos,
e isso está lá no mercado, cara.
O negócio é saber fazer,
isso é importante.
É,
mas é engraçado,
isso sobre o,
a Europa,
os Estados Unidos,
né,
a valorização do profissional,
de serviços,
ela,
ela é uma valorização financeira,
né.
As pessoas acabam vivendo e ganhando,
porque não tem quem faça,
né.
Os americanos,
ou,
os europeus,
eles não querem fazer esse trabalho
e eles pagam bem para,
para as outras pessoas fazerem,
né.
É uma valorização monetária.
Agora,
é interessante que,
aqui no Brasil,
a educação superior,
na verdade,
é um dos maiores negócios que existe.
Com essa febre,
hoje em dia,
todo mundo quer ter curso superior.
Então, por exemplo,
eu fiquei chocada quando eu vi
que o presidente da Google
saiu da Google
para ir para a Universidade em Anguera.
Ele foi ser presidente da Universidade
em Anguera.
Eu falei,
nossa,
ele saiu da Google
para ser presidente da Universidade
em Anguera.
Por quê?
Porque eu ensino superior,
hoje é uma máquina de ganhar,
né,
a educação,
tudo isso,
elas são apontadas
pelo GART,
e tudo mais,
como um grande negócio.
Todo mundo quer ter.
Então, hoje você vai contratar,
por exemplo,
uma,
né,
você fala,
por,
esses profissionais
que estão se formando
em letras,
em
ciências sociais,
em,
em tudo isso,
eles acabam,
né,
a pessoa fala,
bom,
eu preciso me formar
alguma coisa.
Ou você escolhe,
nas universidades públicas,
um curso fácil
que você consiga entrar,
ou você escolhe
um curso bonito
numa universidade particular,
e as universidades
particulares,
elas estão
com um número de vagas gigantes,
então,
qualquer pessoa pode entrar,
você não está
obrigando mais o cara a estudar,
ele nem precisa fazer estibular,
então,
ele não tem o pré-requisito
e você está formando
uma pessoa de segundo grau,
com baixa qualificação,
porque o negócio
é todo um negócio,
e não mais
um processo educacional
sério.
Então,
eu também acredito muito
na escola técnica,
eu acredito especialmente
na área de TI,
então, você é formado
em turismo,
o Vinicius
é formado em nada,
o Maurício Leal
é formado em nada,
o Bruno Souza
é formado em nada,
e a gente tem uma série
de profissionais
que se destacaram,
então, assim,
eu particularmente gosto
muito da área de TI,
até por causa da democratização.
O negócio não é título,
o negócio é conhecimento,
então isso daí
melhora a vida da mulher também,
porque se o negócio
é conhecimento,
não é título,
significa que
se a mulher souber,
vai ter trabalho pra ela.
Eu tenho o final do ano de 2008,
2009,
o pessoal da área de comunicação,
teve um série de problemas
que foi fechado
de ser obrigatórios
dos títulos
pra ser jornalista.
Aí eu lembro,
na época da faculdade,
até brincar com o pessoal,
falando assim,
não, gente, não tem problema,
eu sou da área de formática,
eu tô formando essa computação,
e o meu título pra mim,
agora, é apenas
um diferencial,
a mais,
o cara que tem uma formação acadêmica,
ele tem um diferencial a mais,
porque
ele teve todo um acompanhamento,
e ele teve várias áreas
pra escolher,
ele focou em um,
ele vai ser bom nela,
ou seja,
ele tá tentando focar
numa área,
tá tentando especializar nela,
e o título em si,
ele é apenas um diferencial
pra melhorar o meu rendimento,
não quer dizer que eu sou o cara,
tanto é que tem muito cara
que é formado na área,
que não sabe nada,
porque, porque ele só
tirou de poma,
já que eu tenho várias,
pra escolher tudo com colegas,
não tem área que eu não sei nada,
porque informar,
tem uma área tão grande,
que por exemplo,
se você é um pessoal técnico mesmo,
que tem um vocode,
que às vezes,
foca só na parte de anada,
você faz vários pros técnicos,
que você consegue ser um excelente especialista,
na área de anada de sistema,
ou em outros casos,
você consegue ser um excelente especialista,
na área de
duvimento de banco de dados,
só que aí, bem,
o curso acadêmico,
o bom dele,
é só o diferencial a mais,
só que aí que tá,
você tem que pegar um curso bom,
tem que fazer um local que você sabe,
que você vai tá investindo,
vai tá tendo um retorno bom,
é só ficar naquela dia,
vou fazer pro fazer,
pra ter um diploma aqui,
toma aqui.
Até iria além,
eu falaria que,
independente do curso que você tá fazendo,
esse é um curso bom,
sem aquelas quatro horas que a gente conversou,
estudar adicional,
não tem nada,
não adianta que você fazer um curso em um lugar,
sem aquelas horas adicionais,
que você pode ir em casa,
eventualmente um lugar melhor,
vai te forçar mais,
a estudar essas quatro horas em casa,
fazendo prova,
alguma coisa do tipo que já brilha.
Não só prova,
você tá passando informação,
te dá curiosidade,
você tem que pesquisar em casa,
né,
eu tô fazendo uma posa online,
um dos pontos que eles mais falaram,
o que eu achei interessante foi,
ensina a distância,
tem um sério problema,
igual não tem que ser dedicado,
por que?
Porque não tem ninguém pra pegar no seu pé,
não tem ninguém pra falar,
oh vamos,
estuda aí,
tem que pegar o trabalho,
você não passa,
você não estudar,
e ensina a distância,
ele fala quem que é,
ah não,
eu tenho que pegar,
eu tenho que ler o material,